O presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, expressou sua insatisfação com a diferença de gastos entre o Rubro-Negro e o Palmeiras referentes à manutenção de gramados. Enquanto o Fla investe significativamente em gramado natural, o Palmeiras se beneficia de um custo menor com o sintético.
Baptista destacou a vantagem financeira do gramado artificial, apontando que o Flamengo gasta cerca de R$ 38 milhões por ano para manter o campo natural em condições ideais. Em contraste, clubes que utilizam gramado sintético, como o Palmeiras, desembolsam aproximadamente R$ 10 milhões. Para o dirigente, isso oferece uma vantagem competitiva, já que os times que jogam no sintético estão habituados a essa condição específica. Baptista defende um padrão mínimo de qualidade de gramado imposto pela CBF, ressaltando que o Maracanã, após um investimento de R$ 6 milhões em equipamentos, tem apresentado um gramado de alta qualidade.
O presidente Rubro-Negro também criticou a utilização do gramado sintético para fins que não o futebol, sugerindo que arenas que utilizam esse tipo de piso se dediquem a outras atividades, como shows. Ele frisou que, embora a FIFA permita gramados artificiais, eles não são comuns nas principais ligas do mundo, nem na Argentina, onde as condições climáticas são adversas, optando-se sempre por gramados naturais.
Na Série A do Brasileirão, além do Palmeiras, Atlético-MG e Botafogo também utilizam gramado sintético. A situação pode ser agravada com a possível ascensão do Athletico-PR e da Chapecoense, que também jogam em piso artificial.
O Flamengo ainda enfrentará o Atlético-MG em gramado sintético na Arena MRV até o fim da temporada. Antes disso, o Rubro-Negro terá compromissos no Maracanã, enfrentando adversários como o Bragantino, mantendo suas partidas em gramado natural, reafirmando o compromisso do clube com a qualidade do jogo no tradicional campo.