O jornalista André Rizek, do Grupo Globo, criticou as exigências de punição ao atacante Bruno Henrique, do Flamengo, pelo STJD. Ele afirma que o debate é alimentado por “desinformação, clubismo e indignação fácil”. O jogador está sendo investigado por suposto envolvimento em apostas esportivas, mas Rizek acredita que a situação é clara para o atleta do Rubro-Negro.
Rizek argumenta que Bruno Henrique não deve ser comparado a outros casos, como os de Nino Paraíba e Eduardo Bauermann, pois são situações distintas. Segundo o jornalista, sugerir uma suspensão para o atacante é aceitável, mas não há um artigo específico no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) que contemple a situação atual. Ele também critica o modelo arcaico do STJD e a necessidade de atualização do CBJD, mencionando que a Constituição precisa ser revista para acomodar tais mudanças.
A defesa de Bruno Henrique, de acordo com Rizek, apresentou argumentos coerentes e impecáveis, tornando difícil a tarefa de rebater. O jornalista também concorda com a decisão do relator do caso, que sugeriu a multa máxima de R$ 100 mil como solução.
A diferença entre o caso de Bruno Henrique e os de outros jogadores, como Nino Paraíba e Eduardo Bauermann, é que o atacante do Mengão não recebeu dinheiro para beneficiar uma quadrilha nem prejudicou o próprio time. O terceiro cartão amarelo que ele recebeu na partida contra o Santos estava previsto pela comissão técnica, o que não caracteriza má-fé. Em contraste, Nino e Bauermann lucraram com suas ações, prejudicando suas equipes.
O julgamento de Bruno Henrique no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) começou na última segunda-feira (10), mas foi interrompido após um dos relatores solicitar mais tempo para revisão. O processo será retomado na próxima quinta-feira (13), às 15h (horário de Brasília).