Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, se pronunciou sobre a polêmica envolvendo Bruno Henrique, jogador do Flamengo, após a derrota do Palmeiras para o Santos por 1 a 0. Durante a coletiva, Abel destacou a importância de ética e união no futebol.
Na quinta-feira (13), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) absolveu Bruno Henrique de fraude em apostas. Em resposta, Abel Ferreira, ao ser questionado sobre o caso, evitou julgamentos diretos, mas discursou sobre valores no esporte.
“Sou paulistano por adoção e, há cinco anos no Brasil, aprendi a amar o futebol daqui. Ele deve ser o exemplo de respeito, ética e educação para nossa sociedade. Não estou aqui para julgar, mas para promover esses valores”, afirmou Abel.
O treinador destacou que o futebol é uma paixão nacional que une classes sociais e que, apesar das rivalidades, o esporte não deve ser palco de inimizades. “A magia do futebol reside em sua capacidade de unir, e é isso que devemos preservar”, completou.
Abel Ferreira há cinco temporadas no comando do Palmeiras, já esteve envolvido em algumas polêmicas. Em um episódio, utilizou uma expressão considerada xenofóbica ao se referir à desorganização do time. Em outra ocasião, foi expulso por gesto obsceno durante uma partida. Ele também se envolveu em discussão acalorada com um árbitro, chegando a arrancar o celular de um repórter que filmava a cena.
Reconhecendo a necessidade de melhorar seu comportamento, Abel diz ser competitivo, mas que precisa controlar suas emoções durante os jogos. “Tenho muito a melhorar, mas sobre isso, vocês já conhecem a situação melhor do que eu”, declarou.
Sobre Bruno Henrique, o atacante foi expulso após levar dois cartões amarelos no confronto contra o Santos, no Campeonato Brasileiro de 2023. Antes do jogo, ele teria enviado mensagens ao irmão indicando que seria advertido, e o familiar apostou no fato. O STJD inicialmente aplicou multa de R$ 60 mil e suspendeu o jogador por 12 jogos.
A defesa de Bruno Henrique conseguiu um efeito suspensivo, permitindo que ele continuasse a jogar. Posteriormente, o Pleno do STJD revisou a decisão, exigindo apenas o pagamento de uma multa de R$ 100 mil, isentando o atacante de suspensão.
