O debate sobre gramados sintéticos no futebol brasileiro ganhou força em 2026, com cinco clubes da Série A defendendo seu uso, enquanto o Flamengo se posiciona contra. O tema gerou uma troca de notas entre os times e a equipe carioca, que recebeu apoio de figuras como Neymar e Lucas Moura.
Athletico Paranaense, Atlético-MG, Botafogo, Chapecoense e Palmeiras, que jogam em gramados artificiais, publicaram uma nota conjunta defendendo o uso desse tipo de solo. Os clubes argumentam que a tecnologia é adotada de forma responsável e alinhada às melhores práticas internacionais. Além disso, destacam que não há padronização de gramados no Brasil e que os sintéticos de alta performance superam muitos campos naturais em más condições.
Na nota, os clubes mencionam a ausência de estudos científicos conclusivos sobre o aumento de lesões em gramados sintéticos modernos. Reforçam que o debate sobre a qualidade dos gramados é necessário, mas deve ser conduzido com responsabilidade e dados objetivos.
Em resposta, o Flamengo divulgou uma série de publicações nas redes sociais para esclarecer o que considera “fato e fake” sobre o uso de gramados de plástico. O Rubro-Negro aponta que as principais ligas do mundo não utilizam gramados sintéticos e alerta para os riscos de temperatura elevada, que pode chegar a 60 graus, além das potenciais lesões e o veto de grandes jogadores em atuar nesses campos.
A discussão se intensifica com a adesão de Neymar e Lucas Moura ao lado do Flamengo, curtindo as publicações do time carioca. A Série A terá, em 2026, cinco gramados sintéticos: Arena da Baixada, Arena MRV, Arena Condá, Engenhão e Allianz Parque, representando 25% dos times da primeira divisão.
O debate sobre o uso de gramados sintéticos no Brasil continua, refletindo a complexidade e a falta de consenso sobre o tema. Enquanto alguns defendem a modernidade e a consistência dos sintéticos, outros, como o Flamengo, priorizam a tradição dos gramados naturais, levantando questões sobre a segurança e a saúde dos atletas.
