Antes de conseguir uma liminar na Justiça, o Flamengo recusou uma proposta de trégua apresentada pela Libra. A tentativa de acordo visava acalmar os ânimos sobre a divisão das receitas de transmissão, mas o Rubro-Negro optou por seguir o caminho judicial.
Em agosto deste ano, a Libra propôs manter o regulamento atual de divisão de receitas até dezembro, com a possibilidade de alterações a partir de 2026. A ideia era que qualquer mudança aprovada por todos os clubes aconteceria no próximo ano. As regras atuais de pagamento de 2025, que começaram em março, permaneceriam inalteradas.
O presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap, ficou encarregado de discutir a proposta com o Conselho Diretor do clube, com a promessa de dar uma resposta até 1º de setembro. No entanto, antes de responder à Libra, Bap entrou com um pedido de liminar na Justiça. André Sica, diretor jurídico da Libra, tentou resolver a situação amigavelmente, mas o Mengão já havia tomado sua decisão.
Inicialmente, o juiz Felipe Pinelli Pedalino Costa negou a liminar solicitada pelo Flamengo. A justificativa era de que qualquer diferença nos valores devido à mudança nas regras de divisão poderia ser ajustada até 25 de novembro de 2025, data do último pagamento do ano. Pinelli argumentou que não havia risco imediato de prejuízo ao clube e que seria mais prudente ouvir a outra parte antes de tomar uma decisão. Contudo, o Flamengo recorreu à segunda instância e conseguiu reverter a decisão.
Após a intervenção judicial, o Flamengo obteve o bloqueio de 30% da receita, valor que equivale a R$ 77 milhões depositados em juízo pela Globo. Este movimento gerou insatisfação entre os clubes. Leila Pereira, do Palmeiras, criticou o Flamengo, acusando-o de egoísmo, enquanto a Libra acusou o time carioca de disseminar informações falsas.
A disputa entre o Flamengo e a Libra destaca as tensões sobre a divisão de receitas no futebol brasileiro. O desfecho desse embate pode ter implicações significativas para o futuro das negociações entre os clubes e as entidades responsáveis pelas transmissões. Enquanto isso, o Rubro-Negro segue firme em sua postura, buscando garantir os interesses do clube nos tribunais.
